Bem, na última semana foi encerrado o festival de Curitiba e eu, como aluna de Jornalismo fui cobrir duas peças e queria deixar aqui o devidos links das publicações. Agradecer a minha professora de Redação Jornalística Katia Brembatti e aos redatores, que também são alunos de jornalismo da Universidade Positivo.
Melhor que os programas de erradicação de pobreza do Governo Federal
"Nesta quinta feira (31), ocorreu a estreia da comédia “Modesta Proposta Goumert”, no TUC (Teatro Universitário de Curitiba). Com atuação de Marcelo Guerra (o Chef), Direção de Zé Alex e produção de Vivi Oliveira (todos da Cia EnvieZada – RJ), a peça faz uma proposta ousada e trata de alguns problemas da sociedade com muito humor.
Apesar dos dezesseis minutos de atraso, a peça surpreendeu e muito. Com base no texto de Jonathan Swift, “Modesta Proposta”, a peça curta diverte e faz o público pensar sobre a vida em sociedade. Principalmente em relação às condições humanas, como crianças sem condições de sobreviver e toda a pobreza que nos cerca.
Ambientada em um estúdio de televisão e sem que o palco esteja em um nível maior que a cadeira do telespectador, a história traz números e satiriza a insensibilidade do ser humano nos dias atuais diante do caos em que se encontra a sociedade. Com a apresentação de uma situação extrema, toda a atuação do famoso Chef, Marcelo Guerra, faz o espectador pensar em quão delicioso e doentio seria comer o prato que ele nos prepara.
A frase “aliviando os pobres e dando prazer aos ricos” é o que resume o quão ridicularizado pode ser uma triste realidade fazendo com que se dê risada da própria desgraça cotidiana. Com uma entonação de cozinheiro televisivo e toda uma estrutura montada, o espetáculo causa uma certa curiosidade de querer experimentar a receita exótica que o apresentador prepara.
A cada nova explicação, uma nova loucura que no fundo nos faz refletir. Seja para que público ache a ousada proposta absurda, ou que um dia aquilo possa ser viável. E eis, talvez, o maior questionamento da peça: “cadê a minha sanidade mental?” Afinal, no começo uma proposta perturbadora, mas se ao fim ele lhe fizer pensar em aceitá-la, cuidado, pois isso pode provar que a sociedade está tão avessa quanto as ideias do chef."
O tempo passa, mas ela não muda.
"Infância, oh, querida infância. Por meio das clássicas histórias que embalam gerações, a peça infantil “Violeta, a menina leitora” nos resgata a criança interior e nos faz querer ser como Peter Pan – esse inclusive é um dos personagens da história.
Apresentado no Mini-Guaíra, a peça teve estreia no dia 31 de Março e veio ao Festival pelo Grupo Oba! De Teatro. Premiado pelo prêmio carioca Arlequim de melhor atriz coadjuvante, o espetáculo nos encanta com as músicas e a forma cativante que os atores tratam a plateia.
A história começa com uma garota extremamente tímida, Violeta. Vinda de uma tradição de família, a garota tem o nome de flor, assim como a sua mãe é a Margarida e sua avó a dona Rosa. A garota que, no começo, é considerada problemática pela mãe, que preocupasse com a filha, acaba ganhando um presente velho e cheio de poeira. Um livro. Mas este não é um livro comum, este é um livro mágico.
Passando por diversas histórias, incluindo “Oz”, “Peter Pan” e “O Pequeno Príncipe”, a encenação nos lembra a importância da leitura, principalmente para uma criança, pois a ensina a sonhar, a agir e a acreditar. Sendo um exercício de auto estima e até formação de personalidade e caráter.
Durante as páginas dos livros ela conhece inúmeros personagens e com algumas músicas tudo fica mais leve. A garota medrosa, tímida e sem amigos aprende durante a apresentação que não se perde o medo, mas se cria coragem; que para que as pessoas saibam o que você quer, é necessário falar o que se pensa; e que amizade é uma das melhores coisas que existem.
Apesar dos contextos nas histórias para crianças, não é necessário ter lido nenhum desses clássicos infantis, pois todas elas tem enfoque somente na sua mais pura e sincera mensagem, algo que é possível entender muito bem, tendo conhecimento, ou não, do roteiro das histórias citadas."
Texto por: Ana França Teixeira